domingo, 22 de dezembro de 2013

Exposição "Insustentáveis Tensões" - Julho/2013
Galeria Cañizares - Salvador/BA



A exposição coletiva "Insustentáveis Tensões" ocorreu entre os dias 11 e 21 de dezembro/2013, na Galeria Cañizares, Salvador/BA. Josemar Antonio apresentou dois trabalhos: o primeiro é uma série com 12 unidades de colagens e o segundo são objetos - 02 lápides com texto gravado, dentro da sua pesquisa acerca do erotismo e pornografia.






A exposição Insustentáveis Tensões é uma homenagem a artista Louise Bourgeois. O trabalho da artista é de orientação psicanalítica, mais do que o de qualquer outro artista do século XX. Sua obra está vinculada aos grandes temas do conhecimento e não apenas aos sistemas da arte. Muitos dos seus trabalhos são biográficos e erotizados, para ela, “o corpo é uma ligação não só com o inconsciente, mas também com o passado, precisamente por causa dos sintomas físicos através dos quais os traumas e as ansiedades presentes se manifestam”
Sendo assim esta exposição propõe a submersão do público nas inquietações a respeito da Família e as suas insustentáveis tensões, “(...) a família constitui o primeiro, o mais fundaste e o mais importante grupo social de toda a pessoa, bem como o seu quadro de referência, estabelecido através das relações e identificações que a criança criou durante o desenvolvimento, tornando-se a matriz da identidade. Podemos então, definir família como um conjunto invisível de exigências funcionais que organiza a interação dos membros da mesma, considerando-a, igualmente, como um sistema, que opera através de padrões. Assim, no interior da família, os indivíduos podem constituir subsistemas, podendo estes serem formados pela geração, sexo, interesse e/ ou função, havendo diferentes níveis de poder, e onde os comportamentos de um membro afetam e influenciam os outros membros.” (VARA, 1996; p. 8)
Contudo as reflexões aqui apresentadas sobre identidade, apesar de parecerem constituir uma intensa afirmação do sujeito, em verdade trabalham a sua modificação, destruição e reconstrução. Os trabalhos mergulham através das polaridades: Construção – Destruição, Identidade – Perda da identidade, Ativo – Passivo, Consciente – Inconsciente, Materno- Paterno, Masculino – Feminino, de forma dialética. Melhor dizer que esta Exposição Coletiva pretende apresentar o tema Família sem dissociá-lo do tema Insulariadade e tem como resultado um material extraído das pulsões da vida como abandono e ira, desejo e agressão, comunicação e inacessibilidade do Outro, vida e morte, ansiedade e angústia, medo e amor.